Sidebar

Sidebar predefinida

Augusto Arruda

 

Augusto ArrudaFaleceu a 22 de Janeiro de 1964, na sua residência na Fajã de Baixo, Ponta Delgada, aos 75 anos de idade, Augusto Rebelo Arruda, aquele que foi o pioneiro e grande impulsionador do turismo na ilha de São Miguel.

Nasceu a 25 de Fevereiro de 1888 em Ponta Delgada, foi bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, exerceu advocacia e foi notário público em Ponta Delgada.
Em 1919 foi eleito deputado pela lista da Conjunção Republicana; em 1921, foi candidato, não eleito, pelo Partido de Acção de Reconstituição Nacional e em 1925, foi eleito pelo Partido Republicano Português. Na cidade de Ponta Delgada, exerceu também o cargo de presidente da Câmara Municipal (1919-1922) e presidente da Junta Geral do Distrito (1925). Durante a sua actividade política nos organismos locais deixou algumas obras de vulto na cidade de Ponta Delgada, tais como: montagem da rede telefónica inaugurada em 1924, construção dos depósitos de óleo da Tagus Oil Company para abastecimento à navegação e municipalização das carnes e da energia eléctrica. Como deputado defendeu a renovação da concessão do fabrico de açúcar de beterraba. Com a instalação da ditadura militar desligou-se da actividade política.
Em 1933 conjuntamente com Vasco Bensaúde e com outros micaelenses, fundou a Sociedade Terra Nostra, vocacionada para a exploração do turismo na ilha de São Miguel, sendo ele director delegado da empresa, transformou as Furnas num autêntico centro turístico, ali construindo o Hotel Terra Nostra. Foi também advogado do grupo Bensaúde.
Fundador da Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos (SATA), proferiu o discurso na cerimónia inaugural dos seus voos, a 15 de Junho de 1947, no então Campo de Aviação de Santana.
Sendo um dos maiores produtores de ananases em São Miguel, o comércio do ananás deveu-lhe a mais completa exploração, dando a uma cultura forçada novos processos de embalagens e as primeiras conservas.
Era cônsul da Turquia em Ponta Delgada.
Foi condecorado pelo governo em 1989, a título póstumo, com as insígnias de Grande Oficial da Ordem de Mérito.

 

O funeral

 

O seu funeral realizou-se da sua residência onde o corpo esteve em câmara ardente, seguindo em carro funerário para jazigo de família no cemitério de São Joaquim. Presidiu ao funeral o pároco da Fajã de Baixo, padre José Ribeiro Martins, à frente de um colégio de sacerdotes de várias paróquias. A urna foi coberta literalmente por coroas de flores. Incorporaram-se no funeral autoridades civis, militares, navais, presidentes da Junta Geral e Câmara Municipal, corpo consular em homenagem ao representante da Turquia e uma delegação do comandante das Forças Aéreas Americanas da Base das Lajes. O luto foi conduzido pelo Chefe do Distrito Eng. Vasconcelos Raposo, organizando-se para a carreta os seguintes turnos:

A primeira noticia a informar o falecimento no Jornal Açores

A primeira noticia a informar o falecimento no Jornal Açores

1º Eng. Abel Férin Coutinho, João Luís da Câmara Melo Cabral, João Augusto Rebelo Melo Cabral e Carlos de Aguiar Machado.

2º Eng. Emiliano Arruda de Castro Carneiro, Hildeberto Torres, Hugo de Lacerda, e António de Aguiar Machado.

3º Dr. António Manuel de Medeiros Franco, Paulo Lacerda e os dedicados empregados Ernesto Furtado Ferreira e Duarte Pereira Araújo.

À porta do jazigo, foram proferidos discursos pelo Dr. Francisco Carreiro, como presidente da Comissão Regional de Turismo das Ilhas de São Miguel e Santa Maria, e pelo jornalista Dinis Silva que se referiu à carreira política do falecido.