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Manuel da Silva Carreiro

Manuel da Silva CarreiroFaleceu a 8 de Setembro 1974 em Ponta Delgada na sua residência situada na Avenida Gaspar Frutuoso, o jornalista e escritor Manuel da Silva Carreiro.

Nasceu a 24 Agosto de 1905, na freguesia de Ribeira Seca, Ribeira Grande. Nado e criado no ambiente do jornal “Diário dos Açores” como filho do seu saudoso continuador e director Manuel Resende Carreiro, e conquanto formado em Direito na Universidade de Lisboa (1928), devotou aquele jornal toda a sua acção ascendendo a seu co-director conjuntamente com seu irmão, Carlos Carreiro. Mas Dr. Manuel Carreiro não foi só jornalista, a sua personalidade invulgar firmou-se também como escritor, tendo sido o seu primeiro livro «Meio-Dia» publicado em 1927, seguindo-se-lhe «Norte da Europa» em 1953, «Congresso Hispano-Luso-Americano-Filipino de Municípios» em 1959, «Camilo e Sena Freitas” (conferência) , em 1966, «Primavera em Espanha», crónicas de viagem, naquele mesmo ano, «Raul Brandão e os Açores», em 1967 e «Oito Dias nos Estados Unidos», impressões de viagem, 1968.

Amante da sua terra, nunca regateou quanto lhe foi pedido, por duas vezes foi presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada (1943-1944 1955-1962), tendo adquirido para a mesma, o jardim de grande riqueza botânica “Parque da Cidade”, hoje com o nome de “Jardim António Borges”.  Foi representante dos Municípios açorianos á Câmara Corporativa,  Vogal da Junta Geral do Distrito Autónomo de Ponta Delgada, vice-presidente da Junta Autónoma dos Portos do Distrito de Ponta Delgada, presidente da Comissão Venatória de Ponta Delgada. Para além disso  foi também membro do Conselho Administrativo da Companhia de Navegação Carregadores Açorianos, membro do Conselho de Administração do Banco Micaelense e membro do Instituto Cultural de Ponta Delgada.

A sua fecunda acção na administração pública e no seu jornal mereceu-lhe o titulo de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique a 23 de Janeiro 1974.

 

O Funeral

 

Após missa de corpo presente na Ermida de Sant’Anna celebrada pelo Padre Artur Botelho de Paiva, Pároco da Matriz de Ponta Delgada, e encontrando-se presente também o Padre José Joaquim Rebelo, seguiu-se o funeral para o jazigo de família do extinto, no cemitério de São Joaquim. Nesta manifestação de luto muito sentida incorporaram-se pessoas de todas as categorias sociais, num testemunho de apreço pelo Dr. Manuel Carreiro.

A chave da urna foi levada pelo Dr. José Oliveira San-Bento.

Muitas coroas de flores recobriam a urna com dedicatórias de familiares, amigos e empregados do extinto.

A carreta foi conduzida durante todo o trajecto por empregados de todas as secções de “Diário dos Açores”.

Para as fitas constituíram-se quatro turnos, pela seguinte ordem:

1.º e 2.º – constituído por familiares, nomeadamente Drs. João Carreiro; Edmundo da Silva Melo; Eduardo da Silva Melo; Gabriel da Silva Melo; José Tibúrcio; Gil Machado e Aristides Gamboa da Silva Melo.

3.º Turno- Dr. Alberto de Oliveira; Dr. Ernesto Correia de Andrade; Dr. José da Silva Fraga, advogados amigos do falecidos e ainda o Dr. Francisco Carreiro da Costa.

4.º Turno- Representantes da Imprensa local –  Manuel Ferreira; Victor Cruz (pai); Dr. Lobito de Macedo e Dr. José Almeida Pavão.

Em última homenagem usou da palavra o Dr. Oliveira San- Bento que salientou, com eloquência, alguns aspectos da vida exemplar do extinto.