Sidebar

Sidebar predefinida

Manuel Ferreira

manuel ferreiraFaleceu a 1 de dezembro de 2012 em Ponta Delgada, aos 96 anos de idade, o Comendador Manuel Ferreira, uma das referencias do jornalismo açoriano e um dos maiores vultos da literatura açoriana.

Nasceu em Ponta Delgada a 29 de janeiro de 1916 e ainda nos tempos do liceu desponta para o jornalismo ao fundar o «Arco Íris».
Os tempos áureos como jornalista vive-os entre os anos de 1937 e 1975, quando foi chefe de redação, quer do jornal «Açoriano Oriental», quer do «Correio dos Açores».
Funcionário municipal, Manuel Ferreira exerceu um jornalismo com fervoroso espírito autonomista, num tempo anterior à profissionalização das redações.
Depois do 25 de abril, quando começa a dedicar-se à ficção, escreve aquela que ainda hoje é a sua obra mais famosa, «O Barco e o Sonho», um conto feito a partir de uma história verídica e desesperada de emigração de dois jovens micaelenses para os Estados Unidos da América, através de uma perigosa e quase impossível travessia do Atlântico numa pequena embarcação artesanal. «O Barco e o Sonho» viria, aliás, a ser adaptado para a televisão por José Medeiros, tendo a série da RTP-Açores com o mesmo nome ajudado a imortalizar ainda mais a obra de Manuel Ferreira.
Da sua vasta bibliografia constam ainda vários trabalhos de investigação de cariz histórico sempre tendo como pano de fundo as duas realidades que mais admirava: os Açores e a ‘sua’ cidade de Ponta Delgada.
Manuel Ferreira foi agraciado pelo país com o grau de Comendador da Ordem de Mérito, pela Região com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento, recebeu a Medalha de Ouro Municipal, por ocasião dos 460 anos da cidade de Ponta Delgada, onde tem também desde 2008 uma rua com o seu nome, sendo ainda Cidadão Honorário dos municípios de Vila Franca do Campo e de Santa Cruz das Flores.
O presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, manifestou o “profundo pesar” pelo falecimento de Manuel Ferreira, que considera ter sido um dos “mais arreigados defensores da autonomia” açoriana. Segundo o Presidente do Governo, Manuel Ferreira “ficará na memória dos açorianos”, como “um dos maiores vultos” do jornalismo e da literatura das ilhas.

O seu funeral realizou-se após missa de corpo presente, na Capela de Sant’Anna em Ponta Delgada, seguindo para o cemitério de São Joaquim onde foi cremado.